segunda-feira, 16 de abril de 2012

Evento:Homenagem 80 Anos de Pierre Martin –12 de Maio de 2012

Fonte: Blog do GPME


No dia 12 de maio de 2012 PIERRE Alphonse Albert MARTINcompletaria 80 anos.


Pierre Martin foi um dos principais pioneiros da espeleologia paulista e brasileira. Começou sua atividade espeleológica aos 12 anos na Grotte de Jujurieux,França. Em 1950,já morando no Brasil,Pierre conhece a Caverna de Santana,realizando 14 anos depois o sonho de sua exploração,ocasião que passa a se envolver ativamente com o desenvolvimento da espeleologia brasileira,sendo eleito presidente da SBE em 1970,e posteriormente mantendo intenso envolvimento e dedicação até seu falecimento em 1986.

Para rememorar os feitos de sua contribuição a espeleologia brasileira,o convívio com seus colegas espeleólogos e sua família,nos reuniremos para compartilharmos esses momentos no Anfiteatro da Zoologia do Instituto de Biociências da USP,a partir das 14:00.

Convidamos a todos que conviveram e admiram Pierre Martin a participar conosco desta ocasião.

Homenagem 80 Anos de Pierre Martin

Quando:12 de maio de 2012

Onde:Anfiteatro da Zoologia do Instituto de Biociências da USP

Horário:a partir das 14 horas


Organização:

- Grupo Pierre Martin de Espeleologia

- Grupo Espeleológico ‘Os Opiliões’


Apoio:


- Instituto de Biociências USP

- Laboratório de Fauna Subterrânea do Instituto de Biociências da USP

- Laboratório de Estudos Subterrâneos, Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva – DEBE. Universidade Federal de São Carlos –UFSCar

- Webventure

domingo, 15 de abril de 2012

SBE Notícias nº 223 - 11/04/2012


Esta edição traz as seguintes matérias:



- Revistas da ABAS e do Conselho de Biologia divulgam a espeleologia;

- 1ª expedição de 2012 do Projeto Caverna do Diabo;

- Novas galerias encontradas no sistema do Sumidouro do Córrego das Fendas;

- Rio+20: Brasil retrocedeu 20 anos com Dilma na política ambiental, diz Marina;

- Restaurante italiano dentro de caverna;

- Caverna tem vestígios dos primeiros focos de fogo;

- Congreso Internacional de Espeleologia sobre Cuevas mayas 2012;

- Foto do Leitor: Ressurgência Angélica/Bezerra (GO-46).


O boletim é editado em formato PDF e pode ser baixado clicando no link:

http://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_223.pdf


As edições anteriores do boletim também estão disponíveis aos interessados na página: http://www.cavernas.org.br/sbenoticias.asp

Paripiranga - Bahia

Governo nega acordo sobre Código Florestal


Relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) deve ser apresentado na terça-feira. Votação ficaria para 24 e 25 de abril. Foto: Beto Oliveira/Agência Câmara




Fonte : Congresso em Foco


Por:MARIO COELHO


O governo federal negou neste sábado (14) a existência de um acordo para anistiar pequenos e médios produtores agrícolas que desmataram ilegalmente. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a presidenta Dilma Rousseff aceitou flexibilizar a parte do novo Código Florestal Brasileiro para beneficiar a categoria.


A Secretaria de Relações Institucionais afirmou em nota que, como não existe ainda um relatório final sobre o Código Florestal, não é possível falar em acordo. A expectativa é que o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), responsável pela análise do texto, apresente seu parecer na próxima terça-feira (17). A matéria deve ir ao plenário da Câmara nos dias 24 e 25.


“O relator do Projeto de Lei que trata do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG) não apresentou até o momento parecer sobre a matéria. Portanto, não há nenhum acordo entre o Governo e o relator no sentido de anistiar agricultores que tenham desmatado áreas preservadas”, diz a nota.


De acordo com a Folha de S. Paulo, o acordo prevê que a Câmara elimine do texto em tramitação o artigo que estabelece as faixas mínimas de recomposição das áreas de preservação permanente (APPs) em margem de rio.


Simultaneamente, o Executivo editaria uma medida provisória ou enviaria ao Congresso um texto de lei dispensando pequenas e médias propriedades -com área equivalente a até 15 módulos fiscais, cujo tamanho é variável – de repor floresta.

Comissão recebe espeleólogo João Carlos Figueiredo em audiência pública no dia 17 de Abril

Fonte:Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Blogo do GPME


O ambientalista,espeleólogo,canoísta,mergulhador e montanhista João Carlos Figueiredo é convidado da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ele vai participar de audiência pública nesta terça-feira (17/4/12),às 10 horas,no Auditório. A reunião foi solicitada pelo deputado Rômulo Veneroso (PV).

Segundo o parlamentar,o objetivo do encontro é ouvir o convidado,que participou da expedição Meu Velho Chico –da Nascente à Foz,que percorreu 2.800 km do rio São Francisco. O ambientalista vai divulgar os dados coletados na expedição e anotados em livro disponível na internet,em que busca alertar as autoridades e conscientizar a população ribeirinha sobre a situação do rio.

Expedição – Foram quatro meses de trabalho,em que se constatou que as obras de revitalização não atingem as reais necessidades ambientais;as ações sociais não resolvem os problemas fundiários dos quilombolas e indígenas;e a população continua sem consciência do seu papel no processo de preservação. “O Velho Chico míngua a cada ano,perdendo importantes afluentes,sendo espoliado por projetos inconsequentes e contaminado por todo tipo de poluição”,lamentou o deputado.


Convidados – Foram convidados para o debate a gerente de Apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas – Igam,Lilian Márcia Domingues de Resende;o prefeito de Pirapora,Warmillon Fonseca Braga;o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai),João Carlos Figueiredo;o coordenador do Projeto Manuelzão,Apolo Heringer Lisboa;a diretora-geral da Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas da AGB Peixe Vivo,Célia Maria Brandão Fróis;o diretor-presidente da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte – Zoológico,Evandro Xavier Gomes;e o comandante do Vapor Benjamim Guimarães,Manoel Mariano da Cunha.

Nota do GPME:

O Grupo Pierre Martin de Espeleologia mantém inúmeros projetos de exploração espeleológica na bacia do São Francisco,com destaque para a região da Serra da Canastra e região de Varzelândia,Ibiracatú e Jaíba em Minas Gerais,e a Serra do Calcário,nos municípios baianos de Central,Itaguaçu da Bahia e Jussara.


Veja mais:


Topografia da Lapa da Figueira (Varzelândia –MG),que contou com a participação do ilustre Sr. Michel Le Bret,em 2004:

Espeleobiologia:as cavernas e a ciência –Destaque da Revista O Biólogo n°21

Fonte : Blog do GPME

A Revista O Biólogo n° 21 tem em sua matéria de destaque a Espeleobiologia:interface entre as cavernas e a ciência,entrevista com a Bióloga Dra. Lina Bichuette do Laboratório de Estudos Subterrâneos da UFSCar.


Veja em:


O BIÓLOGO


Revista do Conselho Regional de Biologia –1ª Região (SP,MT,MS)


Ano VI –Nº 21 Jan/Fev/Mar 2012

Maior inseto subterrâneo terrestre da Europa descoberto no Algarve (Portugal)

Fonte:RTP Notícias, Blog do GPME

O maior inseto subterrâneo terrestre da Europa foi descoberto nas grutas do Algarve pela bióloga portuguesa Ana Sofia Reboleira,aumentando para sete as espécies novas descobertas em Portugal.


Vulgarmente conhecido como ‘peixinhos-de-prata’ou ‘traças-dos-livros’,o inseto tem o nome científico deSquamatinia algharbica e,segundo a bióloga Sofia Reboleira,“tem a particularidade de ser o maior inseto subterrâneo da Europa e o segundo maior tisanuro do mundo”.


Com três centímetros de comprimento,sem olhos,despigmentado e possuindo apêndices como antenas e cercos “extremamente desenvolvidos”,o inseto é um novo género e uma nova espécie,que “vive apenas nas grutas do Algarve,desenvolvendo todo o seu ciclo de vida no meio subterrâneo e não sobrevivendo no exterior”,explica a bióloga.


Trata-se,de acordo com Sofia Reboleira,de “uma relíquia biogeográfica,que terá sobrevivido a vários episódios de alterações climáticas,refugiado no meio subterrâneo”que habita,ou seja,nas mesmas cavidades de grutas do maciço algarvio onde a bióloga descobriu igualmente um pseudoescorpião gigante,descrito em 2010.

A descoberta ocorreu no âmbito do doutoramento de Ana Sofia Reboleira no Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro,orientado pelos professores Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da mesma universidade) e Pedro Oromí,da Universidade de La laguna,Espanha.

Com esta aumentam para sete as novas espécies já descritas pela investigadora e bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia que tem contribuído para o reforço do património biológico de Portugal e alertado para a importância destas espécies como “um valor natural em risco pela falta de medidas específicas de proteção para os habitats subterrâneos”.


A descrição do inseto foi há poucos dias publicada na revista científica da especialidade Zootaxa,descrito com o entomólogo Luís Mendes,do Instituto de Investigação Científica e Tropical.

sábado, 14 de abril de 2012

1ª Semana Brasileira de Montanhismo


O maior evento do Montanhismo Brasileiro está sendo organizado com o objetivo de honrar nosso compromisso com a ética de montanha e a proteção do meio ambiente e organizar o futuro do montanhismo e da escalada no Brasil. É a 1ª Semana Brasileira de Montanhismo,a ser realizada no Rio de Janeiro entre 23/04 e 01/05.


Faça parte desse movimento!


APOIE A I SEMANA BRASILEIRA DE MONTANHISMO


Maiores informações: www.semanademontanhismo.com.br


Fonte : http://www.blog.gpme.org.br/

Carajás:a nova Itabira


Fonte: http://www.blog.gpme.org.br/



Por Lúcio Flávio Pinto



Certo dia,o mais famoso filho de Itabira (MG) chegou à sacada da sua casa e não viu mais a serra em frente. Serra que fora do seu pai,do seu avô,“de todos os Andrades,que passaram/ e passarão,a serra que não passa”.

Serra essa que era “coisa de índios”e foi tomada pelos brancos “para enfeitar e presidir a vida/ neste vale soturno onde a riqueza/ maior é a sua vista a contemplá-la”. Deveria ser uma vista eterna. O pico do Cauê,todo de ferro,do melhor minério do planeta,era capaz de soprar “eternidade na fluência”.

Mas eis que,em dada manhã,o poeta Carlos Drummond de Andrade olha e não vê mais a serra dos índios e dos muitos Andrades. A forma eterna de ser em ferro fora desmontada,“britada em bilhões de lascas,/ deslizando em correia transportadora/ entupindo 150 vagões,/ no trem-monstro de 5 locomotivas/ — trem maior do mundo,tomem nota”.

Chocado e indignado,o poeta ordena em versos:“foge minha serra vai,/ deixando no meu corpo a paisagem/ mísero pó de ferro,e este não passa”.

Se tivesse nascido em Parauapebas,no Pará,como reagiria aquele que muitos consideram não só o maior poeta de Minas,mas do Brasil? Sua serra acabou como “um retrato na parede,e como dói”. Deixou como herança itabirana “o hábito de sofrer que tanto me diverte”,reconfortava-se o vate mineiro.

Foi a partir de 1942 que Itabira começou a ser explorada por aquela que se tornaria a maior mineradora de ferro do mundo,a segunda maior das mineradoras em geral,a maior empresa privada do continente latino-americano e a maior exportadora do Brasil:a Companhia Vale do Rio Doce. Vale mais do que a bacia do rio Doce,que ajudou a devastar.

A CVRD já tinha muita história ao ser vendida,em 1997. Mas tudo que fez em 55 anos como estatal foi multiplicado nos 15 anos seguintes como empresa privada,completados neste mês de abril (o mais terrível dos meses,segundo outro imenso poeta,o norte-americano naturalizado inglês,T. S. Elliot,também posto diante de uma terra devastada (waste land):a própria Terra).

O que a Vale já fez em Carajás,550 quilômetros a sudeste de Belém do Pará,não encontra paralelo na crônica do desmonte de vários dos picos semelhantes ao de Cauê,espalhados por uma das regiões mais belas e de maior densidade histórica e cultural do Brasil,nas antigas Minas Gerais.

O trem da estrada de Vitória (no Espírito Santo) a Minas,de 150 vagões,que era o maior do mundo no poema de Drummond,não chega perto do trem de Carajás,hoje o maior de todos,“como nunca antes”,à Lula.

O trem que corre pelos 892 quilômetros da ferrovia de Carajás ao porto da Ponta da Madeira,na ilha estuarina de São Luiz do Maranhão,inaugurada em fevereiro de 1984,tem mais do que o dobro de vagões. São 330,que se estendem por quatro quilômetros de extensão.

A composição faz nove viagens por dia. Leva o equivalente a 30 milhões de dólares de um minério ainda mais puro do que o de Itabira,o maior rico da crosta terrestre.

Em 2010 o trem parou por vários dias. Uma chuva torrencial inundou toda a parte mais baixa do Maranhão. Mas enquanto agrupamentos humanos ficavam isolados e pessoas morriam ou passavam fome,a tecnologia,o dinheiro,a inventividade e 500 trabalhadores que foram recrutados para o serviço de levantar diques dos dois lados dos trilhos se combinavam para fazer a composição cruzar as águas. O trem parecia um animal anfíbio de aço. Nem a enchente o parou. Talvez sobreviva ao próprio dilúvio. O homem é um capeta no sertão,diria o também mineiro Guimarães Rosa

No mês passado houve outra paralisação,dessa vez porque uma ponte em obra desabou. Só três pessoas ficaram feridas,no registro estatístico. Mas 300 mil toneladas de minério deixaram de ser embarcados nos gigantescos navios (um só engole toda essa carga em seu estômago de aço). Os graneleiros atravessam os mares para levar o ferro para o seu maior consumidor,a China,que fica com 60% da produção de Carajás.

No ano passado ela foi recorde:110 milhões de toneladas,um terço de todo minério que a Vale produziu,com um diferencial:é o filé-mignon do ferro. As jazidas de Carajás deviam durar 400 anos,mas talvez não cheguem a 100. A produção vai dobrar até 2015. O Pará será o maior exportador de ferro do mundo. Ótimo para a Vale (que teve lucro de 30 bilhões de dólares no ano passado,nove vezes o valor da privatização),para a China,para os demais compradores. E para os paraenses?

Os paraenses importam pouco. O que importa é o ritmo do trabalho para desmontar as serras,transformá-las em lascas e colocá-los no trem,daí embarcando em navios e sendo levadas para bem longe. O resto é detalhe.

Como o lamentável acidente que aconteceu em Carajás no dia 31. Uma árvore desabou sobre um ônibus que seguia pela Estrada do Manganês,numa das áreas de mineração da empresa,matando três e ferindo nove dos seus ocupantes. À parte a tragédia,acontecendo agora de forma ainda não registrada,um detalhe me chamou a atenção:continua a se chamar Yutaka Takeda o hospital do núcleo urbano de Carajás,em Parauapebas.

Quando soube da homenagem prestada pela então estatal,protestei publicamente. A denominação original do hospital era Nossa Senhora de Nazaré. Nada mais natural e merecedor de aplausos. Afinal,trata-se da padroeira dos paraenses. Como a CVRD queria homenagear o big boss da Mitsui,a maior compradora de minério de ferro de Carajás na época,que encontrasse outra forma. Inadmissível era fazer a troca.

Um alto executivo da companhia me garantiu que o hospital voltaria ao seu nome inicial;e me desliguei do assunto. O grave acidente do dia 31 me mostrou que fui enganado. Eu e os paraenses que acreditavam que a Vale dava tanta atenção aos seus clientes quanto aos donos da fantástica província mineral,por ela explorada sob concessão do governo federal.

Se o que importa é quem comparece à boca do caixa,então que se substitua o nome do executivo japonês pela do capitalista chinês. A China compra,hoje,muito mais minério de ferro do que o Japão de Yutaka Takeda. Por muito mais do que 30 dinheiros. Para essa maravilha o poeta Carlos Drummond de Andrade não dedicaria os seus versos.

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