Espeleologia



História

A história da Espeleologia remonta a origem do homem, que em tempos pré-históricos usavam-nas como abrigo. Os achados mais antigos da presença do homem nas cavernas datam de 450 mil anos atrás. Entre 350.000 a.C. e 10.000 a.C.surgem as primeiras pinturas rupestres, ilustrando principalmente cenas domésticas e de caça. Com o final das eras glaciais, o homem acaba deixando as cavernas para se instalar nos campos. Nesta época as cavernas passam a ser usadas como armazéns, lugares de culto ou túmulos.

Na Idade Média as cavernas passam a ser consideradas abrigo do demônio e lugares malditos. Essa visão só muda a partir da segunda metade do século XIX, quando as cavidades naturais voltam a ser alvo de visitas e explorações – o que é aumentado devido à busca do salitre para a fabricação de pólvora.

Somente no início do século XX o homem passou a tratar a exploração das cavernas como uma ciência. O primeiro a encarar a caverna como um objeto científico foi o francês E. A Martel, conhecido mais tarde como o "pai da espeleologia". Seus trabalhos sobre as cavernas abriram um novo caminho para os pesquisadores e aventureiros do passado.

No Brasil, as pesquisas do naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund abriram as portas da espeleologia em 1835, com a exploração das cavernas na região de Lagoa Santa e Curvelo. Apesar de seus trabalhos serem voltados para a paleontologia, suas descrições e mapas permitiram atribuir um caráter espeleológico às suas atividades.

Nos últimos 30 anos, a Espeleologia se transformou numa atividade de grupo e começou a atrair jovens desbravadores e aventureiros. Mas a atividade ainda enfatiza a ciência e a ecologia.


Características

O termo espeleologia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo). Assim, espeleologia é o estudo das cavernas, e envolve áreas como geologia, geografia, arqueologia, biologia e antropologia. Porém, para realizar esse estudo é preciso explorar a caverna utilizando técnicas como rapel e mergulho - ambos conhecidos esportes de aventura. Por isso a atividade atrai não só cientistas, mas também aventureiros em busca do desconhecido.