domingo, 15 de abril de 2012

Maior inseto subterrâneo terrestre da Europa descoberto no Algarve (Portugal)

Fonte:RTP Notícias, Blog do GPME

O maior inseto subterrâneo terrestre da Europa foi descoberto nas grutas do Algarve pela bióloga portuguesa Ana Sofia Reboleira,aumentando para sete as espécies novas descobertas em Portugal.


Vulgarmente conhecido como ‘peixinhos-de-prata’ou ‘traças-dos-livros’,o inseto tem o nome científico deSquamatinia algharbica e,segundo a bióloga Sofia Reboleira,“tem a particularidade de ser o maior inseto subterrâneo da Europa e o segundo maior tisanuro do mundo”.


Com três centímetros de comprimento,sem olhos,despigmentado e possuindo apêndices como antenas e cercos “extremamente desenvolvidos”,o inseto é um novo género e uma nova espécie,que “vive apenas nas grutas do Algarve,desenvolvendo todo o seu ciclo de vida no meio subterrâneo e não sobrevivendo no exterior”,explica a bióloga.


Trata-se,de acordo com Sofia Reboleira,de “uma relíquia biogeográfica,que terá sobrevivido a vários episódios de alterações climáticas,refugiado no meio subterrâneo”que habita,ou seja,nas mesmas cavidades de grutas do maciço algarvio onde a bióloga descobriu igualmente um pseudoescorpião gigante,descrito em 2010.

A descoberta ocorreu no âmbito do doutoramento de Ana Sofia Reboleira no Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro,orientado pelos professores Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da mesma universidade) e Pedro Oromí,da Universidade de La laguna,Espanha.

Com esta aumentam para sete as novas espécies já descritas pela investigadora e bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia que tem contribuído para o reforço do património biológico de Portugal e alertado para a importância destas espécies como “um valor natural em risco pela falta de medidas específicas de proteção para os habitats subterrâneos”.


A descrição do inseto foi há poucos dias publicada na revista científica da especialidade Zootaxa,descrito com o entomólogo Luís Mendes,do Instituto de Investigação Científica e Tropical.

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